Hoje, dia 1 º de Junho, é comemorado o dia da imprensa. O Beco 41 é um portal que tem um perfil jornalístico, portanto não podia deixar de fazer uma homenagem à esse dia.
Antes, o dia da imprensa era marcado pelo dia no qual a Gazeta do Rio de Janeiro começou a circular, dia 30 de Setembro. Porém, com a manifestação de muitos historiadores esse dia mudou para 1º de Junho, dia no qual começou a circular o Correio Braziliense em Londres. Para quem não lembra, a Gazeta do Rio de Janeiro foi um jornal oficial da Coroa no Brasil; o Correio Braziliense foi o primeiro jornal brasileiro, criado em português, na Inglaterra.
A imprensa sempre foi o principal meio de informação de massa e formadora de opiniões. Desde a Grécia Antiga as pessoas ficavam sabendo o que o imperador pronunciava, e os acontecimentos por meio de jornais da época. Na Ditadura Militar ela foi o principal alicerce que manteve a ideia da democracia em pé, além das manifestações, era a imprensa alternativa com jornais e revistas que circulavam debaixo dos panos do governo (como O Pasquim, por exemplo). E hoje, com a ajuda da internet e sites de redes sociais as notícias correm na velocidade da luz.
Não precisamos nem dizer que no rap há uma carência de mídias sérias que se interessam pelo assunto. As ideias até hoje deturpadas da população fazem com que o número de preconceituosos pela nossa cultura seja maior do que as pessoas que vivem para fazer a cena crescer. Graças à preocupação de alguns, isso vem mudando de uns tempos pra cá. Com a ajuda da internet as pessoas interessadas puderam criar um veículo de comunicação que ajudou na integração e consolidação da cena do hip hop nacional.
No Brasil, veículos eletrônicos como BocadaForte, RapNacional, PerRaps, Rapevolusom, ColetivoMTV, entre outros, ajudaram a suprir essa carência no mercado. Em Curitiba algumas rádios, entre elas Hip Hop Rádioe Usuário das Ruas sempre ajudaram a expandir e informar a cena local. Blogs aprofundaram e exploraram a fundo os pensamentos do pessoal que faz parte da cena, não falando só do hip hop em si, mas também tratando de temas polêmicos. Aqui cabe lembrar a iniciativa do programa Scratch nas Ruas, que por cinco anos fez um registro histórico cultural do rap curitibano, cobrindo shows de artistas locais e entrevistando várias personalidades das calçadas.
Por isso nós, do Beco 41, com a ajuda de vocês que acompanham nosso trabalho, temos o propósito de mudar as ideias erradas da população, ajudando a promover as certas, sem deixar de se perder a essência do nosso movimento.
